Mesmo sendo uma data popular, a Páscoa ainda deixa muitas pessoas em dúvida, sobre o seu real significado, e não rara as vezes, devido ao forte apelo comercial, a única associação que as pessoas fazem com esta data são ovos de chocolates, coelhinhos e feriado.
A Páscoa teve início no velho testamento, ainda quando o povo de Israel vivia como escravo a mais de 400 anos no Egito. Para entender o verdadeiro significado da Pascoa, podemos começar observando o que o Senhor nos disse em Êxodo 12:26 – 27:
26. E acontecerá que, quando vossos filhos vos disserem: Que culto é este? 27. Então direis: Este é o sacrifício da páscoa ao Senhor, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas. Então o povo inclinou-se, e adorou.
Deus institui a Páscoa, como um memorial para que os filhos de Israel jamais se esquecessem que foram escravos no Egito, e que o próprio Deus os libertou com mão poderosa, trazendo juízo sobre os deuses do Egito e sobre Faraó. (Êx 12).
A palavra Páscoa provém do termo hebraico pesach, que significa passagem, e no velho testamento nos faz lembrar do que aconteceu na última praga enviada aos egípcios, quando o anjo da morte passou e matou todos os primogênitos, inclusive o filho do Faraó, preservando os filhos do povo Hebreu, através do sangue do cordeiro passado no batente das portas.
Para os Cristãos, a festa da Páscoa faz referência à Última Ceia do Filho de Deus em companhia de seus discípulos, a traição cometida por Judas que culminou no julgamento, crucificação e ressurreição de Jesus. A celebração inicia-se no Domingo de Ramos e termina no Domingo de Páscoa, período compreendido como Semana Santa.
Após Jesus, a Páscoa mudou sua forma de comemoração, mas não seu significado. Jesus, através de Seu sangue, nos libertou da escravidão do pecado. E esse sangue foi derramado na Sua morte lá na cruz em sacrifício. Jesus é como aquele cordeiro que ofereceu o seu sangue para que aquele povo, que vivia como escravo, vivesse e fosse totalmente livre. Pelo sangue de Jesus vivemos a liberdade. Ele foi o sacrifício que nos trouxe vida e libertação da condenação e da escravidão do pecado.
Com a morte e ressurreição de Cristo, ocorreu uma mudança importante que foi incorporada pelas religiões Cristãs. A Páscoa deixa de ser vinculada à libertação dos judeus e passa a ser associada à libertação dos homens sobre o pecado.
A Páscoa cristã comemora, então, o sacrifício e a ressurreição de Jesus Cristo. Jesus é o nosso Cordeiro pascal (1 Coríntios 5. 7-8). Ele nos propiciou a liberdade através de Seu sangue e da Sua vitória na cruz. Essa é uma comemoração a ser lembrada todos os dias e não somente na Páscoa!
7. Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.
8. Por isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade.
1 Coríntios 5:7,8
O que ficou da Páscoa na vida das pessoas? Será que não foi só mais uma “festa” carregada de tradição e religiosidade que, na verdade, se comemora porque está no calendário do país, ou da religião?
Você realmente viveu ou viverá, nesse Domingo, a verdadeira Páscoa e pretende vivê-la nesta segunda, terça, quarta…? Precisamos sim comemorar a Páscoa, mas como será a sua segunda-feira, e os outros dias que sucederão? Será que você continuará tocando a sua vida, sem uma gota de compromisso com Cristo, sem qualquer mudança, sem qualquer indício de que a Páscoa nos marcou pelo resto de nossos dias.
O sacrifício de Cristo foi perfeito e suficiente. Não transformemos essa bênção de Deus em maldição para nossas vidas, vivendo-a de forma mecânica, descompromissada e hipócrita. Pelo contrário, que a vivamos de todo o coração, com toda força, com todo entendimento, empenho e entusiasmo. Estas são as atitudes que Deus espera que a Sua Páscoa provoque em nós dia após dia.
Como serão os seus dias depois da Páscoa?
Por Welington Pires do Nascimento